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BAGAS GOJI

O blogue sobre divulgação, promoção e cultivo de várias espécies de plantas frutíferas pouco comuns em Portugal.

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05
Ago12

A RIA E O MAR

Marco Rebelo

A viagem continua...

Depois de termos feito uma paragem para visitar a árvore centenária de Veiros, vamos continuar o passeio.

Vamos prosseguir em direcção a Murtosa, com destino a São Jacinto num trajecto de cerca de 28 kms. Podemos usar a bicicleta e ir pela via ciclável construida há poucos anos e que nos vai levar directamente até á ria e ao mar. Esta terra foi abençoada pela geografia plana e podemos percorrer grandes percursos facilmente. A única subida que teremos pela frente será a ponte da Varela. Ir de bicicleta tem a vantagem de ir observando mais calmamente a natureza que nos vai rodeando pelo caminho e ir aproveitando para parar e descansar durante o percurso.

 

Mapa do trajecto.
 

Inicio da via ciclável. São cerca de 17 Kms até á praia.

   

Um dos inúmeros braços da ria.
 
A via ciclável corta pelo meio de pinhais e de terrenos agricolas. Já se vê a ponte ao fundo.
  
Ponte da Varela.
 
A ponte oferece segurança para quem passeia a pé ou de bicicleta.
 
Vista da ria do cimo da ponte.
  
A ria oferece uma vasta variedade de vida vegetal e animal. Flamingos na foto.
 

Á medida que vamos avançando, a grande variedade de flora e de fauna torna-se evidente. É uma região especialmente rica em aves e pode considerar-se uma zona de importância internacional, reconhecida como Zona de Protecção Especial. Além das cegonhas brancas, dos milhafres pretos, das garças, até existe uma colónia de flamingos que se estabeleceu a alguns anos atrás. Esta colónia de flamingos na ria de Aveiro tem crescido de ano para ano. As aves vêm do sul de Espanha e encontram nesta zona húmida de Aveiro condições ideais para se estabelecerem e reproduzirem. Aqueles que se observam na Ria têm uma pelagem mais clara do que o cor-de-rosa caracteristico devido ao tipo de alimentação, dizem.

 
Deixámos a ponte para trás e seguimos em direção á Torreira sempre pela pista.
 
Garboso, esbelto e único no mundo. O barco Moliceiro.
 

Chegámos á Murtosa. Toda a gente conhece os barcos moliceiros. Ainda se vêm na ria, são usados agora para passeios e turismo. Antigamente eram usados na apanha do moliço que era usado para fertilizar as terras agricolas. Mas à medida que as dificuldades de sobrevivência foram aumentando, agravadas por um grande declínio da apanha do moliço na Ria, a partir da década de 60, uma grande parte da população imigrou, principalmente para os EUA.

Actualmente o meio de subsistência desta região é a actividade agricola e piscicola.

 

Mas a Ria, não é a única riqueza desta terra, também o oceano Atlântico que banha toda esta costa, com praias de areias douradas e finas desde Ovar até Mira, oferece todo um património natural vasto e que faz deste território um dos mais belos e apetecíveis do país.

 

A Torreira fica entre a ria e o mar. Vista da marginal.
 
Chegamos á praia da Torreira.
 
A praia da Torreira tem um extenso areal.
 
Vista da Torreira do outro lado da Ria.
 

A Ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 47 kms e com uma largura máxima de 11 kms, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira.

A Ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do séc. XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos da costa portuguesa.


Mas vamos deixar a praia e continuar. A partir de agora a pista acaba e vamos seguir por estrada até São Jacinto...

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