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BAGAS GOJI

O blogue sobre divulgação, promoção e cultivo de várias espécies de plantas frutíferas pouco comuns em Portugal.

O blogue sobre divulgação, promoção e cultivo de várias espécies de plantas frutíferas pouco comuns em Portugal.

BAGAS GOJI

15
Ago12

SÃO JACINTO

Marco Rebelo

Chegámos á última parte do passeio.

Vamos sair da Torreira em direcção ao sul, até São Jacinto que fica no extremo da peninsula que começa em Ovar.

Apartir de agora a pista acaba mas continuamos na mesma por estrada. São mais 13 kms, mas devagar se vai ao longe...

É uma estrada sempre paralela á Ria e é um percurso bastante aprazível, uma vez que se encontra numa zona de pinhal, entre o Mar e a Ria. Aqui a pesca é o desporto mais frequente, vêem-se pescadores desportivos em quase toda a extensão. É também possível a prática de desportos náuticos nesta zona.

   

Reserva Natural das Dunas de São Jacinto. Um local a visitar.

 

Entramos na conhecida Reserva Natural das Dunas de São Jacinto. Esta reserva natural é uma área destinada á protecção de habitats, fauna e flora selvagens nesta zona.

Por exemplo, fazem parte da fauna animais como aves (garças, patos, milhafres, chapins, gaios, etc), mamiferos (texugos, lebres, raposas, etc) e várias espécies de reptéis e anfíbios.

  

 Já se vê ao longe o farol da barra.

  

A flora das dunas
 

A Reserva Natural das Dunas possui igualmente uma flora e vegetação rica e variada, fazem parte por exemplo o pinheiro-bravo e pinheiro-manso, tojo, camarinha, algumas espécies exóticas (acácia e o chorão) que foram introduzidas para fixar as areias e evitar a erosão.


A zona protegida das dunas. Estamos quase na praia.
 

 A praia de São Jacinto e as dunas. Uma extensão de 2,5 Kms.

  

Continuando, passamos o parque de campismo, e chegamos finalmente ao centro da freguesia, depois á praia, passamos por uma base aérea militar, pela igreja paroquial, até chegarmos á marginal, local para efectuar o indispensável passeio, apreciando as excelentes condições naturais e parando para descansar.

 

 Chegada á marginal. É possivel prosseguir para o lado de Aveiro usando a "lancha" ou o "ferry".

  

Barcos de pesca e barcos de recreio.

 

Vista da marginal. Onde está o Wally? {#emotions_dlg.benfica}

 

 Do outro lado da margem avista-se o Porto de Aveiro e o farol da Barra, que é o mais alto de Portugal.

 

Agora está na hora de voltar a casa...

05
Ago12

A RIA E O MAR

Marco Rebelo

A viagem continua...

Depois de termos feito uma paragem para visitar a árvore centenária de Veiros, vamos continuar o passeio.

Vamos prosseguir em direcção a Murtosa, com destino a São Jacinto num trajecto de cerca de 28 kms. Podemos usar a bicicleta e ir pela via ciclável construida há poucos anos e que nos vai levar directamente até á ria e ao mar. Esta terra foi abençoada pela geografia plana e podemos percorrer grandes percursos facilmente. A única subida que teremos pela frente será a ponte da Varela. Ir de bicicleta tem a vantagem de ir observando mais calmamente a natureza que nos vai rodeando pelo caminho e ir aproveitando para parar e descansar durante o percurso.

 

Mapa do trajecto.
 

Inicio da via ciclável. São cerca de 17 Kms até á praia.

   

Um dos inúmeros braços da ria.
 
A via ciclável corta pelo meio de pinhais e de terrenos agricolas. Já se vê a ponte ao fundo.
  
Ponte da Varela.
 
A ponte oferece segurança para quem passeia a pé ou de bicicleta.
 
Vista da ria do cimo da ponte.
  
A ria oferece uma vasta variedade de vida vegetal e animal. Flamingos na foto.
 

Á medida que vamos avançando, a grande variedade de flora e de fauna torna-se evidente. É uma região especialmente rica em aves e pode considerar-se uma zona de importância internacional, reconhecida como Zona de Protecção Especial. Além das cegonhas brancas, dos milhafres pretos, das garças, até existe uma colónia de flamingos que se estabeleceu a alguns anos atrás. Esta colónia de flamingos na ria de Aveiro tem crescido de ano para ano. As aves vêm do sul de Espanha e encontram nesta zona húmida de Aveiro condições ideais para se estabelecerem e reproduzirem. Aqueles que se observam na Ria têm uma pelagem mais clara do que o cor-de-rosa caracteristico devido ao tipo de alimentação, dizem.

 
Deixámos a ponte para trás e seguimos em direção á Torreira sempre pela pista.
 
Garboso, esbelto e único no mundo. O barco Moliceiro.
 

Chegámos á Murtosa. Toda a gente conhece os barcos moliceiros. Ainda se vêm na ria, são usados agora para passeios e turismo. Antigamente eram usados na apanha do moliço que era usado para fertilizar as terras agricolas. Mas à medida que as dificuldades de sobrevivência foram aumentando, agravadas por um grande declínio da apanha do moliço na Ria, a partir da década de 60, uma grande parte da população imigrou, principalmente para os EUA.

Actualmente o meio de subsistência desta região é a actividade agricola e piscicola.

 

Mas a Ria, não é a única riqueza desta terra, também o oceano Atlântico que banha toda esta costa, com praias de areias douradas e finas desde Ovar até Mira, oferece todo um património natural vasto e que faz deste território um dos mais belos e apetecíveis do país.

 

A Torreira fica entre a ria e o mar. Vista da marginal.
 
Chegamos á praia da Torreira.
 
A praia da Torreira tem um extenso areal.
 
Vista da Torreira do outro lado da Ria.
 

A Ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar, numa distância de 47 kms e com uma largura máxima de 11 kms, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira.

A Ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do séc. XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos da costa portuguesa.


Mas vamos deixar a praia e continuar. A partir de agora a pista acaba e vamos seguir por estrada até São Jacinto...
02
Ago12

ÁRVORE CENTENÁRIA

Marco Rebelo

Já estamos em agosto, época de férias para muita gente. Enquanto não há grandes desenvolvimentos sobre as plantas que temos vindo a abordar, vamos fazer uma pausa para sair da rotina e vamos aproveitar este calor e este bom tempo para fazer alguns passeios. Passeios a pé, de bicicleta, de barco... passeios pela nossa terra, onde há sempre alguma coisa nova para descobrir, neste caso alguma coisa de interessante para também dar a conhecer. É importante conhecer e aprender a preservar a natureza que nos rodeia.


Esta é uma sugestão para quem mora perto de Aveiro e não conheçe e/ou para quem planeia passar por aqui perto em viagem e que poderá aproveitar para visitar. É uma árvore centenária, um elemento natural com mais ou menos 500 anos que está classificado de interesse público. Mas há muito mais património natural interessante a visitar nesta região. Este é só um ponto de partida...


Então partimos da cidade de Estarreja, distrito de Aveiro, passados cerca de 5 kilómetros chegamos á freguesia de Veiros. Seguindo várias placas que informam a direcção da árvore, chegamos á rua de São Geraldo e á capela deste mesmo santo, e é no adro que encontramos a árvore centenária.

 

 
 

Sobreiro de S. Geraldo

(Coordenadas GPS: N 40º 44’ 46.4” | W 8º 36’ 24.1”)


Sobre o sobreiro de S. Geraldo, e de acordo com estudos efectuados pelos Técnicos do Instituto Florestal, através do seu sector de protecção e Vigilância dos Ecossistemas Florestais e Inspecção Fitossanitária, estes concluíram que a árvore em causa terá uma idade a rondar os 600 anos. Ainda no seguimento do estudo atrás referido, o sobreiro de S. Geraldo foi classificado árvore de interesse público.

Transcreve-se de seguida o teor do oficio de informação à Junta de Freguesia sobre o assunto em causa: "Informa-se V. Ex., que, por Aviso deste Instituto, publicado no Diário da República, II Série, n.º 101 de 30/04/1996, foi classificado de Interesse Público o exemplar de Quercus Saber L., vulgarmente conhecido por sobreiro, situado na propriedade acima referenciada, pertença da Paróquia da Freguesia de Veiros."


Floresce de Abril a Maio caindo as bolotas durante o Outono, sendo a casca renovada de nove em nove anos. Este Sobreiro encontra-se no Largo de São Geraldo e, é propriedade da Paróquia da freguesia de Veiros, possuindo um elevado valor paisagístico. Foi classificado nos termos do Decreto-Lei n.º 28 468, de 15 de Fevereiro de 1938 e do Decreto-Lei n.º 100/93 de 2 de Abril de 1993 como de Interesse Público.


Cientificamente designado por Quercus suber L., pertence à família das FAGACEAE. É característico pela folha persistente e pela sua casca, a cortiça. A cortiça protege o Sobreiro dos fogos e serve de abrigo a várias espécies animais (sobretudo insectos) e, vegetais (musgos, líquenes e algas).


Actualmente os Sobreiros são protegidos por legislação específica que proíbe o seu abate e a sua substituição por outras espécies. No domínio cultural são várias as referências aos Sobreiros: na literatura, na poesia, na pintura, na arquitectura, na fotografia, na azulejaria na tapeçaria e artesanato e até na toponímia local.


Vamos sair de Veiros, continuando o passeio até á Ria de Aveiro seguindo em direcção ao mar...

 

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